Bem-vindo ao site do Sindicato dos Bancários de Tubarão
Banco projeta uma taxa básica de juros brasileira passando dos atuais 13,75% para 12,5% ao ano até o fim de 2023
Uma possível mudança de rota na trajetória de alta dos juros nos Estados Unidos não muda, por ora, o cenário para a Selic (taxa básica de juros) no Brasil, na visão do Itaú Unibanco. O banco projeta uma taxa básica de juros brasileira passando dos atuais 13,75% para 12,5% até o fim deste ano.
Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (15), o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, observou que será preciso colocar eventuais mudanças nos juros lá fora nos modelos.
“Tem que ver os efeitos aqui. Se o Federal Reserva [Fed, banco central norte-americano] para antes [o ciclo de alta de juros] ou não sobe tanto quanto esperava, tem que ver o que implica para o real, inflação. Mas não é suficiente para mudar”, disse.
Mesquita também afirmou “que cortar taxa de juros agora, no curto prazo, seria muito arriscado, com boa chance de dar errado”. “Não vejo tanto espaço assim”, apontou.
Ele ponderou que o cenário pode mudar, porque o ambiente global parece estar virando, principalmente com a incerteza em relação ao sistema financeiro nos Estados Unidos.
“Essas coisas podem se alterar. Mas a experiência mostra que lá atrás, em 2011, quando o BC buscou se antecipar a um possível choque para defender a atividade econômica, colocando em segundo plano a meta de inflação, deu bastante errado”, lembrou Mesquita, acrescentando acreditar que o BC “tem alguma memória institucional daquele erro”.
Crescimento da dívida
Apesar de ter como cenário-base um novo arcabouço fiscal que conte com algum controle de despesas, o Itaú Unibanco não trabalha com um horizonte de estabilização da dívida pública.
“O Brasil tem uma dívida elevada para um país emergente. Para estabilizar a dívida, tem que voltar a gerar resultados primários e, para tanto, precisa ou aumentar impostos ou reduzir outros gastos”, observou Mesquita. “A gente não acha que vai fazer esse ajuste, por isso espera que a dívida siga crescendo.”
A expectativa do Itaú é que a relação dívida bruta/PIB passe de 72,9% em 2022 para 76,1% em 2023 e 79% em 2024.
No debate público, existem diversas propostas para o novo arcabouço fiscal, observou Mesquita. “Todas acabam levando a uma melhora do resultado primário, mas insuficientes para deter o crescimento da dívida”, disse. “A trajetória do crescimento da dívida é algo com que a gente deve se acostumar para os próximos anos”, afirmou.
Mesquita destacou três “critérios interessantes” para um arcabouço fiscal: simplicidade, previsibilidade e impositividade.
No cenário-base do Itaú, segundo Mesquita, haverá uma regra que discipline o crescimento do gasto. “Não vai ser chamada de teto, mas vai ter um efeito parecido, mas também não vai ser um crescimento zero. Vai ser um crescimento modesto acima da inflação. Isso é o que a gente acha mais provável, é o que o Brasil consegue, dado o tamanho da dívida, a carga tributária”, disse.
Mesquita também afirmou que a equipe tem dúvidas em relação à chance de aprovação da reforma tributária como tem sido ventilada. “Tem iniciativa do governo, ele quer que seja aprovada, tem o Bernard Appy [secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda] que entende muito disso para tocar, mas agora a gente começa a ver as questões setoriais”, disse Mesquita, citando notícias recentes de críticas da bancada do agronegócio, por exemplo, à alíquota de 25% para um imposto sobre valor agregado (IVA).
“Pode haver um avanço na direção de simplificar sem chegar a uma unificação completa”, apontou Mesquita.
Fonte: Valor PRO (Valor Econômico)
VoltarE comece a receber as notícias semanalmente direto no seu e-mail!
O Sindicato dos Bancários de Tubarão e Região disponibiliza o acesso do planejamento das atividades financeiras da entidade para conhecimento de todos.
No intuito de facilitar o acesso aos Acordos Coletivos/Convenções Coletivas o Sindicato dos Bancários de Tubarão e Região os disponibilizam por meio digital.
Para facilitar o acesso aos sites de interesse dos bancários, o Sindicato recomenda os seguintes links: