Com ‘efeito Americanas’ mitigado, Bradesco tenta virar a página, mas balanço do 1T23 deve vir fraco

04/05/2023

Banco publica resultados de janeiro a março deste ano nesta quinta-feira

A decisão do Bradesco de provisionar 100% do crédito concedido à Americanas já no balanço do quarto trimestre do ano passado pode ter afetado drasticamente o lucro do banco no período, mas, pelo menos, livrou a instituição de parcelar o impacto ao longo de 2023.

Isto não significa, no entanto, que o Bradesco deve reportar um resultado favorável nos três primeiros meses deste ano. De acordo com o consenso de analistas ouvidos pela Bloomberg, o banco deve registrar queda de 45% no lucro na comparação com o mesmo período de 2022, com o total chegando a R$ 3,748 bilhões. O Bradesco publica seus resultados nesta quinta-feira (4), depois do fechamento do mercado.

Os números devem refletir uma combinação de resultado negativo na tesouraria, menores spreads e aumento da inadimplência. Ou seja, nada de novo sob o sol na Cidade de Deus, pelo menos nesse começo de ano.

O resultado da tesouraria foi afetado pela alta da Selic no ano passado e se tornou negativo a partir do segundo trimestre de 2022. Nos números referentes aos primeiros três meses de 2023, a expectativa de analistas é que haja uma melhora pontual, uma vez que o cenário mudou pouco.

Ao mesmo tempo, como o Bradesco teve de se tornar mais conservador na concessão de crédito devido à deterioração das condições financeiras da população, o ritmo de crescimento da margem com clientes deve desacelerar e afetar o spread.

E tudo isso deve se passar em meio a um novo aumento da inadimplência. No final do ano passado, o CEO do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, havia estimado que a deterioração da carteira atingiria o pico entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023.

Novo Bradesco?
Mais do que analisar o passado, os investidores devem ficar atentos pelo que vem no futuro próximo do Bradesco. O banco disse em abril que decidiu reformular a área de varejo e também sua estratégia digital para deixar a experiência do cliente mais fluida.

Para isso, o banco disse estar investindo numa integração maior entre o mundo físico e o digital. Parte da estratégia consiste em acelerar a transformação de agências em unidades de negócios, que são estruturas sem caixa que auxiliam clientes e ofertam produtos.

A estratégia do Bradesco no varejo, e, em particular, na transformação digital, já vinha sendo alvo de questionamentos no mercado.

No final do ano passado, o Seu Dinheiro publicou uma reportagem destacando quais foram os caminhos escolhidos pelo Bradesco e pelo Itaú rumo à digitalização e como isso pode ter contribuído para uma disparidade entre as ações. Você pode ler o texto completo aqui.

Com tudo isso em vista, será que é o momento de comprar ações do Bradesco? Confira abaixo a recomendação para os papéis do Bradesco das casas tivemos acesso:

 

Fonte: Seu Dinheiro

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