Gestores apontam os motivos que levaram a Selic a mudar de queda para alta em 4 meses

23/09/2024

No início de 2024 ninguém acreditava que a Selic voltaria a subir, ainda mais nesse ano. A taxa havia caído de 13,75% para 10,50% em maio, mês do último corte dos juros.

Nas reuniões de junho e julho do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 10,50%. No entanto, nesta semana, os juros no Brasil voltaram a subir e foram para 10,75% – e a previsão é de ir pelo menos até 11,50% em um novo ciclo de aperto monetário. Foram quatro meses entre a última queda e a elevação da taxa.

Marcus Vinicius Almeida, sócio e gestor da Ibiuna Investimentos e Frederico Catalan, sócio e gestor do Opportunity, participaram do programa Stock Pickers, e falaram com os apresentadores Lucas Collazo e Henrique Esteter sobre o que pode ter acontecido nessa “virada de jogo” do Banco Central.

“ A atividade surpreendeu muito para cima. O hiato (do produto) foi ficando cada vez mais apertado. A história da atividade no Brasil é ligada ao consumo das famílias. É uma história de renda impulsionada pelo fiscal. A gente está com o PIB esse ano de 3,4%. Isso é acima de qualquer métrica potencial”, avalia Marcus Vinicius Almeida

Fiscal na veia

“Nesse PIB, a gente não vê ganhos de produtividade por trabalhador. Essa produtividade está de lado há muitos anos. E os investimentos estão no mesmo nível que há dez anos. Então, a história do crescimento no Brasil não é uma história de ganho de produtividade. É uma história de consumo, renda e fiscal na veia”, complementa o gestor da Ibiúna.

“A gente está rodando com déficit primário de cerca de menos 2% (em relação ao PIB). A gente veio de mais de 2% um tempo atrás. Teve um impulso fiscal gigantesco desde a PEC da Transição no ano passado até agora. Isso turbinou a atividade, consumiu qualquer ociosidade que ainda tinha na economia brasileira”, explica.

“É aquela história: se o fiscal está pisando no acelerador, a política monetária precisa pisar no freio”, afirma.

Sem credibilidade

Além da questão da atividade, o gestor aponta outra questão que é a credibilidade da âncora fiscal. “Isso colocou bastante prêmio no câmbio”, avalia.

Fonte: Infomoney

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