Brasileiro pagou mais de R$ 40 trilhões em impostos em 20 anos, mostra Impostômetro

24/04/2025

Cifra é suficiente para comprar 570 milhões de carros populares modelo 1.0 ou 41 bilhões de telefones celulares básicos, aponta estudo da ACSP (Por Márcia De Chiara)

Em 20 anos, os brasileiros gastaram com impostos R$ 40,037 trilhões em valores nominais, isto é, sem considerar a inflação do período. É uma cifra suficiente para comprar, a preços de hoje, 571,9 milhões de carros modelo 1.0 popular, 575,5 milhões de casas populares com 40 metros quadrados, 41,7 bilhões de aparelhos celulares do modelo mais simples, por exemplo.

Os dados foram coletados pelo Impostômetro, sistema da utilizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para aferir o total de impostos pagos pelos cidadãos nos municípios, nos Estados e na esfera federal, incluindo a arrecadação direta e indireta.

O estudo da ACSP, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), aponta vários fatores que influenciaram a arrecadação com avanços e recuos da carga tributária ao longo desse período.

O peso dos tributos
Ranking dos 30 países com a maior carga tributária em relação ao PIB

EM PORCENTAGEM


Em alguns anos, a arrecadação foi impulsionada por crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação, implementação de políticas fiscais com aumento de alíquotas, maior formalização da economia e eficiência da fiscalização da Receita Federal. Em outros, porém, eventos externos, como as crises globais de 2008 e 2009 e a pandemia em 2020, tiveram impactos negativos na arrecadação.

Em média, foram arrecadados R$ 2 trilhões anualmente. O balanço de 20 anos mostra que a carga tributária no Brasil corresponde 32,39% do PIB, isto é, de toda a riqueza gerada no País.

Essa marca coloca o Brasil a 24ª posição no ranking dos países que mais tributam no mundo, liderado pela Noruega (44,30%). “A triste conclusão que chegamos é que pagamos muito tributo para pouco resultado”, afirma o presidente da ACSP, Roberto Ordine.

Ele cita como exemplo países desenvolvidos da Europa nos quais a carga tributária é elevada, mas a população tem a contrapartida em serviços de saúde, educação, transporte e uma série de outros benefícios pelos quais ela não tem que pagar diretamente pelo uso.

O peso da carga tributária no PIB pode aumentar, segundo a avaliação do presidente da ACSP, em razão da reforma. “Hoje já se fala que a arrecadação pode passar de 35% do PIB, o que é altíssimo se nós considerarmos o retorno que o governo oferece para o contribuinte.” Na média, dos 30 países analisado no estudo, a carga tributária é de 35,65%.

Fonte: Estadão

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