Bem-vindo ao site do Sindicato dos Bancários de Tubarão
Por Yasmin Henrique
O setor bancário brasileiro enfrenta reestruturação marcada pelo fechamento de agências e redução de funcionários. O Bradesco, à frente do processo, atribui as mudanças à digitalização e ao novo perfil de clientes, cada vez mais adeptos do internet banking. Porém, sindicatos, especialistas e usuários criticam os efeitos sociais, alertando para exclusão digital e precarização do trabalho.
De acordo com dados de entidades sindicais, entre janeiro e julho de 2025 o Bradesco dispensou mais de 2,4 mil empregados, média próxima de 12 por dia, e promoveu o fechamento de dezenas de agências em todo o território nacional.
Fechamento do Bradesco
Em muitos municípios, especialmente os de pequeno porte, o Bradesco era a única instituição bancária presencial. Com o fechamento das agências, a população passou a depender de correspondentes bancários ou de unidades situadas a dezenas de quilômetros.
Os mais afetados são idosos, pessoas com deficiência, moradores de áreas rurais e cidadãos sem familiaridade com tecnologias digitais. Nessas localidades, a instabilidade ou ausência de internet inviabiliza o uso regular de aplicativos bancários, obrigando deslocamentos longos para operações simples, como saques e pagamentos.
Além disso, correspondentes bancários, como lotéricas e estabelecimentos credenciados, oferecem apenas serviços básicos e não conseguem atender demandas mais complexas, como renegociação de dívidas ou abertura de contas empresariais.
Regras para os bancos
Embora a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ressalte que mais de 70% das transações já ocorrem por meios digitais e que o Pix responde por mais de 40% dos pagamentos, sindicatos denunciam que os bancos promovem uma “falsa modernização”, que encobre demissões em massa e ignora o direito da população ao atendimento presencial.
Nesse cenário, aumenta a pressão sobre o Banco Central e o Congresso Nacional para a criação de normas mais rigorosas, garantindo cobertura mínima presencial em áreas carentes. O grande desafio é conciliar eficiência tecnológica com inclusão social, evitando que a digitalização financeira amplie ainda mais as desigualdades no país.
Fonte: Tribuna de Minas
VoltarE comece a receber as notícias semanalmente direto no seu e-mail!
Para conhecimento de todos, o Sindicato dos Bancários de Tubarão e Região disponibiliza o acesso do levantamento contábil trimestral e anual da entidade.
O programa de combate ao assédio moral é uma conquista dos trabalhadores após grande mobilização na Campanha Nacional Unificada 2010. Trata-se de um acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho que tem adesão voluntária tanto dos bancos quanto dos sindicatos.